Esta situação de aprendizagem propõe diferentes procedimentos para discutir a estrutura interna da Terra e suas características, ocorrerá por meio de filme, sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos, interpretação de imagens e modelos representativos.
Tema: Terra e Universo
6º ano/5ª série – 4º
Bimestre
Situação de Aprendizagem
Estrutura
interna da Terra.
Tempo previsto: 5 aulas.
Conteúdos e temas: características,
estrutura e dimensão interna da Terra.
Competências e
habilidades:
interpretar dados e informações para tomar decisões e enfrentar
situações-problema referentes à estrutura interna da Terra; ler, interpretar
e elaborar imagens e modelos representativos da estrutura interna da Terra;
identificar dados e informações sobre o interior da Terra em filmes e
imagens.
Estratégia: assistir ao filme;
levantamento de conhecimentos prévios; trabalho em grupo; desenvolvimento de
modelo representativo sobre a estrutura interna da Terra e discussão em
grupo.
Recursos: filme: “A viagem
ao centro da Terra”; livro didático; esfera de isopor; canetinhas coloridas e
folhas sulfites.
Avaliação: Observação e
registros das discussões dos grupos; cooperação, interesse, integração e
análise do relatório final.
|
Roteiro
de situação de aprendizagem
Sondagem
Os alunos assistirão ao
filme “Viagem ao Centro da Terra”, e logo depois serão indagados se as
situações apresentadas pelo filme são possíveis ou não de ocorrer e o porque.
Problematização
- Em sua opinião, há condições para a sobrevivência de seres vivos no centro da Terra?
- Caso contrário, justifique a sua resposta.
- Como podemos comprovar que o centro da Terra possui temperatura elevada?
Contextualização
Após a discussão das ideias
e respostas que foram expostas pelos alunos, eles escreverão um texto em grupo
sobre as conclusões que tiveram durante a discussão.
Após a elaboração dos
textos, os alunos trocarão entre os grupos as produções para leitura e
correção.
Conflito
Construção
de um modelo representativo da estrutura interna da Terra.
Os alunos se reunirão em
grupo para construir um modelo representativo da estrutura interna da Terra.
Para produzi-lo, os alunos
utilizarão uma esfera de isopor maciça, estilete e canetinhas coloridas.
Procedimentos:
1-
Com o auxílio do professor, o aluno fará um
triângulo com o estilete na esfera de isopor de modo que forme uma abertura com
profundidade na esfera.
2-
A profundidade deverá dividida com marcação
pelas canetinhas coloridas em 3 (três) camadas para representar as estruturas
internas da Terra.
Depois da construção do modelo representativo cada grupo
pesquisará em livros didáticos, revistas científicas ou sites sobre o tema
desenvolvido.
Logo após, explicarão para a sala o resultado.
Trabalhando
a competência leitora e escritora
Viagem ao centro da Terra
Como é possível descobrir o que há no interior de
nosso planeta?
Um jovem e
seu tio resolvem viajar ao centro da Terra. Dirigem-se, então, à cratera de um
vulcão na Islândia, que acreditam ser a porta de entrada para o interior do
planeta. Na incrível aventura, encontram um mundo subterrâneo repleto de
surpresas que vão de oceanos a dinossauros. Parece fantástico? E é, mas
trata-se apenas de uma história de ficção. O livro Viagem ao centro da Terra,
do francês Julio Verne, não se aproxima nem um
pouco da realidade.
Até hoje,
quase 150 anos depois do lançamento do livro, enveredar-se pelo interior do
planeta é impossível para o homem e, ainda que a viagem se tornasse real, o que
encontraríamos seria bem diferente.
A Terra é
dividida em três partes principais: núcleo, manto e crosta. O núcleo é formado
por ferro e níquel, metais que aparecem em estado sólido na parte mais interior
e líquido na camada externa. Ao todo, o núcleo tem cerca de 7 mil quilômetros
de diâmetro e corresponde a um terço da massa total do planeta.
“A segunda
camada, que fica entre o núcleo e a crosta, é chamada de manto. Ela tem 2,9 mil
quilômetros de espessura e é composta principalmente de silicato de magnésio e
ferro”, conta o geólogo Roberto Cunha, da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. Ao contrário do que muita gente pensa, o manto é sólido, e não líquido.
“Em alguns locais, quando ocorre uma diminuição da pressão ou um aumento de
temperatura – durante um terremoto, por exemplo –, uma pequena porção do manto
pode se fundir, dando origem à lava dos vulcões”, explica o pesquisador.
A Terra
tem, no total, 12,7 mil quilômetros de diâmetro. Sua estrutura está dividida em
crosta (a parte mais externa), manto e núcleo (Imagem cedida pelo pesquisador)
Por fim, a
última camada é a crosta terrestre, onde nós vivemos. Roberto explica que a
espessura da crosta varia entre cinco quilômetros, no fundo dos oceanos, até
mais de 80 quilômetros, nos continentes. É nessa camada que se encontram rochas
como granito e basalto.
Investigação subterrânea
Você deve
estar se perguntando: como podemos saber o que realmente há em todas essas
camadas do planeta, se é impossível chegar até o interior da Terra?
Alguns
aparelhos especiais tentam perfurar a crosta terrestre para alcançar camadas
mais profundas e retirar amostras para análise. “A perfuração mais profunda foi
feita na Península de Kola, na antiga União Soviética, nos anos 1970, e atingiu
cerca de 12 quilômetros, mas o projeto foi encerrado”, conta
Roberto. “Hoje, o navio japonês Chikyu está perfurando o fundo do Oceano
Pacífico, perto da Nova Zelândia”.
O navio
Chikyu (que quer dizer “Terra”, em japonês) tem como objetivo alcançar cerca de
7,5 quilômetros de profundidade, tentando atingir o manto da Terra. O projeto
deve se estender até março de 2013 (Foto: Wikimedia Commons)
Perfurar a
crosta terrestre é um projeto caro e trabalhoso, mas existem outras formas de
descobrir os materiais que formam a Terra. “Quando ocorre um terremoto, as
ondas de choque – também chamadas ondas sísmicas – atravessam todo o planeta,
sendo detectadas por uma rede de sismógrafos espalhadas pelo mundo”, explica
Roberto (saiba como funciona o sismógrafo na CHC 183).
“A velocidade dessas ondas varia com o tipo de material que elas atravessam.
Então, o atraso na velocidade de cada onda dá pistas sobre o material que foi
atravessado”.
Além de
ficar de olho nos terremotos, os cientistas usam simulações em computador para
investigar o centro da Terra. “As simulações são importantes porque tentam
representar as condições do interior do planeta, que são inacessíveis para
nós”, ressalta o pesquisador. “Para fazer essas simulações, usamos dados das
ondas sísmicas, do calor que emana da Terra e das lavas que são trazidas até a
superfície pelos vulcões, entre outras informações”.
Questionário
de interpretação
1.
Em relação ao
filme “Viagem ao Centro da Terra”, podemos dizer que o centro da Terra é como o
descrito pelo filme?
2.
Por que é
impossível chegar ao centro da Terra?
3.
A Terra é dividida
em três partes principais. Quais são elas?
4.
Como podemos saber
o que realmente há em todas as camadas do centro da Terra?
Avaliação
Expectativas
de aprendizagem
A
correção das atividades dessa sequência de aulas é uma maneira de avaliar se os
alunos são capazes de:
- Interpretar e analisar filmes;
- Trabalhar em grupos;
- Interpretar textos;
- Compreender como é formada a constituição das camadas internas da Terra.
Propostas de situações de Recuperação
Em
caso de defasagens, para encaminhar os alunos para uma recuperação é necessário
que o professor tenha claro quais as competências e habilidades que seus alunos
não desenvolveram adequadamente.
A
recuperação deve adotar as seguintes competências e habilidades:
Referências
- Construir e aplicar conceitos de várias áreas do conhecimento para compreensão de como é constituída e estruturada as camadas internas da Terra, bem como os fenômenos naturais que ocorrem: vulcanismo;
- Selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados e informações representadas de diferentes formas para tomar decisões e enfrentar situações-problema;
- Relacionar informações representadas de diferentes formas e conhecimentos disponíveis em situações concretas para construir um argumento consistente.
Referências
- São Paulo (Estado). Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: ciências. São Paulo: SEE, 2008.
- São Paulo (Estado). Secretaria da Educação. Caderno do Professor: Ciências, ensino fundamental – 5ª série, volume 4. São Paulo: SEE, 2009.
- São Paulo (Estado). Secretaria da Educação. Caderno do aluno: Ciências, ensino fundamental – 5ª série, volume 4. São Paulo: SEE, 2009.
Ao final da realização deste trabalho com os alunos, espera-se que eles compreendam que a superfície da Terra vem sofrendo constantes transformações, como e porque tais transformações ocorrem e ainda, que seu interior é formado por diferentes tipos de materiais em diferentes estados físicos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário