domingo, 29 de setembro de 2013

Situação de Aprendizagem - "A estrutura da Terra"



                              Esta situação de aprendizagem propõe diferentes procedimentos para discutir a estrutura interna da Terra e suas características, ocorrerá por meio de filme, sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos, interpretação de imagens e modelos representativos.


Tema: Terra e Universo
6º ano/5ª série – 4º Bimestre
Situação de Aprendizagem
Estrutura interna da Terra.



Tempo previsto: 5 aulas.
Conteúdos e temas: características, estrutura e dimensão interna da Terra.
Competências e habilidades: interpretar dados e informações para tomar decisões e enfrentar situações-problema referentes à estrutura interna da Terra; ler, interpretar e elaborar imagens e modelos representativos da estrutura interna da Terra; identificar dados e informações sobre o interior da Terra em filmes e imagens.
Estratégia: assistir ao filme; levantamento de conhecimentos prévios; trabalho em grupo; desenvolvimento de modelo representativo sobre a estrutura interna da Terra e discussão em grupo.
Recursos: filme: “A viagem ao centro da Terra”; livro didático; esfera de isopor; canetinhas coloridas e folhas sulfites.
Avaliação: Observação e registros das discussões dos grupos; cooperação, interesse, integração e análise do relatório final. 



Roteiro de situação de aprendizagem

Sondagem

       Os alunos assistirão ao filme “Viagem ao Centro da Terra”, e logo depois serão indagados se as situações apresentadas pelo filme são possíveis ou não de ocorrer e o porque.


Cena do filme Viagem ao centro da Terra, adaptação, para o cinema, do livro de Julio Verne (Foto: Divulgação)


 
Problematização
  • Em sua opinião, há condições para a sobrevivência de seres vivos no centro da Terra?
  • Caso contrário, justifique a sua resposta.
  • Como podemos comprovar que o centro da Terra possui temperatura elevada?


Contextualização

       Após a discussão das ideias e respostas que foram expostas pelos alunos, eles escreverão um texto em grupo sobre as conclusões que tiveram durante a discussão.
          Após a elaboração dos textos, os alunos trocarão entre os grupos as produções para leitura e correção.

Conflito

Construção de um modelo representativo da estrutura interna da Terra.

         Os alunos se reunirão em grupo para construir um modelo representativo da estrutura interna da Terra.
           Para produzi-lo, os alunos utilizarão uma esfera de isopor maciça, estilete e canetinhas coloridas.

Procedimentos:

1-    Com o auxílio do professor, o aluno fará um triângulo com o estilete na esfera de isopor de modo que forme uma abertura com profundidade na esfera.
2-    A profundidade deverá dividida com marcação pelas canetinhas coloridas em 3 (três) camadas para representar as estruturas internas da Terra.


       Depois da construção do modelo representativo cada grupo pesquisará em livros didáticos, revistas científicas ou sites sobre o tema desenvolvido.

            Logo após, explicarão para a sala o resultado.



Trabalhando a competência leitora e escritora



Viagem ao centro da Terra

Como é possível descobrir o que há no interior de nosso planeta?

 
Um jovem e seu tio resolvem viajar ao centro da Terra. Dirigem-se, então, à cratera de um vulcão na Islândia, que acreditam ser a porta de entrada para o interior do planeta. Na incrível aventura, encontram um mundo subterrâneo repleto de surpresas que vão de oceanos a dinossauros. Parece fantástico? E é, mas trata-se apenas de uma história de ficção. O livro Viagem ao centro da Terra, do francês Julio Verne, não se aproxima nem um pouco da realidade.
Até hoje, quase 150 anos depois do lançamento do livro, enveredar-se pelo interior do planeta é impossível para o homem e, ainda que a viagem se tornasse real, o que encontraríamos seria bem diferente.
A Terra é dividida em três partes principais: núcleo, manto e crosta. O núcleo é formado por ferro e níquel, metais que aparecem em estado sólido na parte mais interior e líquido na camada externa. Ao todo, o núcleo tem cerca de 7 mil quilômetros de diâmetro e corresponde a um terço da massa total do planeta.
“A segunda camada, que fica entre o núcleo e a crosta, é chamada de manto. Ela tem 2,9 mil quilômetros de espessura e é composta principalmente de silicato de magnésio e ferro”, conta o geólogo Roberto Cunha, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ao contrário do que muita gente pensa, o manto é sólido, e não líquido. “Em alguns locais, quando ocorre uma diminuição da pressão ou um aumento de temperatura – durante um terremoto, por exemplo –, uma pequena porção do manto pode se fundir, dando origem à lava dos vulcões”, explica o pesquisador.
A Terra tem, no total, 12,7 mil quilômetros de diâmetro. Sua estrutura está dividida em crosta (a parte mais externa), manto e núcleo (Imagem cedida pelo pesquisador)
Por fim, a última camada é a crosta terrestre, onde nós vivemos. Roberto explica que a espessura da crosta varia entre cinco quilômetros, no fundo dos oceanos, até mais de 80 quilômetros, nos continentes. É nessa camada que se encontram rochas como granito e basalto.



Investigação subterrânea

Você deve estar se perguntando: como podemos saber o que realmente há em todas essas camadas do planeta, se é impossível chegar até o interior da Terra?
Alguns aparelhos especiais tentam perfurar a crosta terrestre para alcançar camadas mais profundas e retirar amostras para análise. “A perfuração mais profunda foi feita na Península de Kola, na antiga União Soviética, nos anos 1970, e atingiu cerca de 12 quilômetros, mas o projeto foi encerrado”, conta Roberto. “Hoje, o navio japonês Chikyu está perfurando o fundo do Oceano Pacífico, perto da Nova Zelândia”.
O navio Chikyu (que quer dizer “Terra”, em japonês) tem como objetivo alcançar cerca de 7,5 quilômetros de profundidade, tentando atingir o manto da Terra. O projeto deve se estender até março de 2013 (Foto: Wikimedia Commons)
Perfurar a crosta terrestre é um projeto caro e trabalhoso, mas existem outras formas de descobrir os materiais que formam a Terra. “Quando ocorre um terremoto, as ondas de choque – também chamadas ondas sísmicas – atravessam todo o planeta, sendo detectadas por uma rede de sismógrafos espalhadas pelo mundo”, explica Roberto (saiba como funciona o sismógrafo na CHC 183). “A velocidade dessas ondas varia com o tipo de material que elas atravessam. Então, o atraso na velocidade de cada onda dá pistas sobre o material que foi atravessado”.
Além de ficar de olho nos terremotos, os cientistas usam simulações em computador para investigar o centro da Terra. “As simulações são importantes porque tentam representar as condições do interior do planeta, que são inacessíveis para nós”, ressalta o pesquisador. “Para fazer essas simulações, usamos dados das ondas sísmicas, do calor que emana da Terra e das lavas que são trazidas até a superfície pelos vulcões, entre outras informações”.
 
Fonte: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/viagem-ao-centro-da-terra/  


Questionário de interpretação

1.    Em relação ao filme “Viagem ao Centro da Terra”, podemos dizer que o centro da Terra é como o descrito pelo filme?
2.    Por que é impossível chegar ao centro da Terra?
3.    A Terra é dividida em três partes principais. Quais são elas?
4.    Como podemos saber o que realmente há em todas as camadas do centro da Terra?



Avaliação

Expectativas de aprendizagem

A correção das atividades dessa sequência de aulas é uma maneira de avaliar se os alunos são capazes de:
  
  • Interpretar e analisar filmes;
  • Trabalhar em grupos;
  •  Interpretar textos;
  • Compreender como é formada a constituição das camadas internas da Terra.


Propostas de situações de Recuperação

       Em caso de defasagens, para encaminhar os alunos para uma recuperação é necessário que o professor tenha claro quais as competências e habilidades que seus alunos não desenvolveram adequadamente.
             A recuperação deve adotar as seguintes competências e habilidades: 

  • Construir e aplicar conceitos de várias áreas do conhecimento para compreensão de como é constituída e estruturada as camadas internas da Terra, bem como os fenômenos naturais que ocorrem: vulcanismo;
  • Selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados e informações representadas de diferentes formas para tomar decisões e enfrentar situações-problema;
  • Relacionar informações representadas de diferentes formas e conhecimentos disponíveis em situações concretas para construir um argumento consistente.                    
   
 Referências

  • São Paulo (Estado). Secretaria da Educação. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: ciências. São Paulo: SEE, 2008.
  • São Paulo (Estado). Secretaria da Educação. Caderno do Professor: Ciências, ensino fundamental – 5ª série, volume 4. São Paulo: SEE, 2009. 
  • São Paulo (Estado). Secretaria da Educação. Caderno do aluno: Ciências, ensino fundamental – 5ª série, volume 4. São Paulo: SEE, 2009.  

 Ao final da realização deste trabalho com os alunos, espera-se que eles compreendam que a superfície da Terra vem sofrendo constantes transformações, como e porque tais transformações ocorrem e ainda, que seu interior é formado por diferentes tipos de materiais em diferentes estados físicos.